sábado, 12 de dezembro de 2009

Ponto inicial.

Reticências. De onde vem a ideia de que aquilo que a gente deseja realmente existe? Se tudo que nos atormenta realmente fosse real, com certeza nossos problemas seriam maiores, mesmo parecendo que não. Pensar numa realidade fictícia é até bom; sonhar com um mundo perfeito no qual todas as nossas inúmeras vontades fossem de fácil acesso poderia ser a solução; ou o ponto final.
Ele disse que queria se apaixonar por ela, e por discrepância do destino não aconteceu.
Ela queria receber flores, as mesmas que ele nunca a entregou.
Ele queria manipulá-la, e achava que ela não percebia quando isso acontecia, ilusão.
Ela queria um companheiro do jeitinho que ele era, um amor.
Ele só falava com ela às vezes, e achava isso normal.
Ela o queria toda hora, e como isso não era possível, lamentava.
Ele queria a ela, mas não da mesma forma que ela o queria.
Desejos contrários numa caminhada em conjunto não formam um par. É melhor deixar pra lá.
E assim, sem certeza alguma do que é realidade ou não, e sem saber o que vai acontecer, o sábio saberá que não vai ser. Portanto, deixo que meu ponto fique pronto depois. Vírgula.

2 comentários:

  1. Seu texto ta mais que dinamico, ameei muito!

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  2. ...

    Ao mesmo tempo que umt apa na cara de uns, é uma iluminação para outros.

    Ótimo texto.

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