domingo, 31 de janeiro de 2010

Yes, I do.

De tudo que ainda não foi, e por tudo que ainda será,
De toda história que um dia passou, e espera continuar,
De conversas esquecidas, que promete não mais acontecer,
De um futuro incerto, e que se fez certo ao ouvi-lo dizer.
De um sorriso sincero, que a distância o fez apagar,
De uma flor perfumada, que as pétalas não perderá,
De um abraço guardado, que por sedex sobreviveu,
De um fruto proibido, que a menina mordeu.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Intervalo.

A peça teve início anos atrás, e dentre comédias e tragédias foi atração de inúmeros teatros. Cada cena, sempre única, apesar de repetida inúmeras vezes formando uma rotina, vinha seguida de palmas, choros, sorrisos.. e todas as outras emoções que constituem o ser humano. As protagonistas eram sempre as mesmas, já os antagonistas e personagens secundários variavam a cada momento, não fazendo a mínima diferença pra falar a verdade, pois quem realmente era necessário estava sempre ali. O tempo passa, a peça aumenta de espectadores e começa a ter desfechos imprevisíveis, os quais, às vezes, podem fazer com que a história precise de uma continuação das vidas da dupla não mais juntas. O mesmo tempo que faz com que isso aconteça irá, com certeza, juntar esses dois caminhos mais uma vez, e dessa vez, sem mais trocas de cenários, ou pausas para lanche.
Agora, as cortinas entreabertas aguardam o fechamento do primeiro ato. E apesar do público não mais presenciar o contato entre os atores, os mesmos continuam ali atrás atuando, mesmo que por internet ou telepatia. O sentimento, ou melhor os sentimentos, os mesmos que a plateia sentia, porém de uma forma muito mais intensa vão fazer com que o tempo necessário para o início do segundo ato só traga melhorias, pro espetáculo, e principalmente, para as protagonistas. E mesmo com todos esses benefícios, ainda sim, gostaria de que toda a peça fosse formada de apenas um ato, eterno. Como isso não é possível, só desejo que esse período passe rápido e seja de grande aprendizado para ambas as partes; e claro, que você lembre sempre que o teatro só espera por você.

Se cuida, e volta logo para que possamos terminar essa peça, juntas.
Para sempre,
Tami.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Descobertas vindas de cima.

Formigas imersas em milhares de formigueiros, é o que parece ser. À medida que ele sobe mais, elas desaparecem e tudo acaba numa aquarela. Um mar verde se forma e a altura é inversamente proporcional a nitidez da visão para baixo. Olho para o lado, encontro uma asa e vários pedaços de algodão intocáveis..
Tic-tac.
O que parecia longe agora está perto, formigas se transformam em gigantes e o formigueiro num infinito que os olhos não mais alcançam. Engraçado.. tudo muda rápido e eu percebo que o real é tudo aquilo que desejamos que ele seja, e quando as pessoas passarem a perceber isso, talvez o mundo vire mundo e deixe de fingir sê-lo. Dessa forma, você vai descobrir se o futuro é mesmo escuro ou é só você que está de olhos fechados.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Post-it.

Se um dia ela pensou em escrever uma carta de amor, não imaginou que esse seria o final. Agora ele só merece um bilhete colado na geladeira, para ser usado como lembrete. E antes que ele acorde ela se vai.
Ao acordar, ele dá de cara com a casa vazia e um post-it amarelo, o qual fez sua vida ficar da mesma cor depois de lê-lo.
"E de Ela,
E de Ele,
E no fim de Love, e no começo de End.
Sem espaço para nós."
O que ele não percebeu é que tinha uma parte rasgada, justo a que dizia "Eu te amo". E que ela havia carregado para sempre com ela.