quarta-feira, 23 de novembro de 2011

antecipando o agora

De passo em passo a gente conhece lugares. De lugares em lugares a gente conhece pessoas. De pessoas em pessoas a gente conhece amores. De amores em amores a gente conhece jeitos. De jeitos em jeitos a gente conhece o mundo. De mundo em mundo a gente vai formando a bagagem. Abri a minha e só encontrei saudade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pra bom entendedor, até meio sorriso interno basta.

domingo, 3 de julho de 2011

ruas paralelas de um destino desconhecido

Não adianta negar que a vida é mesmo feita de provocações. Se um dia você recusa alguma coisa, em um outro ela trata de fazer você se arrepender e ir atrás da mesma, muitas vezes sem sucesso. Mais do que provocações, a vida é feita de incertezas e o tempo, absolutamente, é a maior delas. Admito ser imediatista, o que deixa claro que esperar é das coisas que mais me incomoda e nada vai mudar o fato de que nunca poderemos acelerar minutos ou pular horas, não posso segurar o tempo com as mãos e determinar o que fazer em seguida. Ele o faz conosco. Sim, tenho pressa. Pressa de chegar aonde ainda não sei, pressa de fazer o que ainda não descobri, pressa de carregar o que um dia perdi. E é muitas vezes nessa correria toda que me perco pelo caminho, entro em becos os quais não consigo achar a saída facilmente. Até agora, através de alguns atalhos, consegui voltar à estrada, mas sei que nem sempre vai ser assim. E o pior, é que eu que sempre fui tão rápida, ando aprendendo devagar demais..

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Xis

Surpresas são, sim, uma delícia. A percepção do que pode acontecer num piscar de olhos supera até a suposição na qual o cérebro havia trabalhado por horas antes, é diferente do planejado e surpreente de uma forma que os ensaios prévios acabam sendo todos em vão. A sensação inexplicável de medo, alegria e um conjunto efusivo de várias emoções juntas embarcam no pensamento que, muitas vezes, não pensa. O tempo corre como nunca, mas faz os pés voltarem ao chão e, proporcionalmente, as sensações diminuírem até se tornarem o que eram quando os axônios ainda conseguiam estabelecer sinapses perfeitas sem a intervenção de fatores externos quaisquer. Visto o resultado, a dúvida algumas vezes vem à tona e o cérebro volta a sua marca inicial cheio suposições descabidas de fundamentos reais e planos que não passam de precipitações errôneas de uma conclusão não tomada. Até que, um passo à frente, percebem que as surpresas continuam sendo uma delícia...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Arquifelicidade

Uns dizem que pensar no passado é nostalgia. Os mesmos uns são os que se dizem não aguentar ouvir a palavra saudade, ou até mesmo lembranças. São peneiras ambulantes. Eu, do outro lado, sou museu, sim. Guardo tudo que preciso e posso (e às vezes até o que não devia também) de modo a fazer das vilosidades do meu cérebro grandes gavetas imutáveis, separadas somente pela intensidade dos acontecimentos, o que nem importa de fato. Talvez os anos sejam os responsáveis pela exclusão dessas marcas, talvez o encéfalo se canse delas e jogue-as pra fora, enfim. Mas que fique claro: o dia 21 de Janeiro, não. Saudade e nostalgia pra sempre e com orgulho.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

(A)cíclico.

Ansiedade é assim: um relógio pela espera do que virá que logo passa sem você perceber.
Angústia é assim: um aperto em algum lugar vindo de dentro sem razão aparente.
Admiração é assim: encontrar espelhos pelas ruas e fazer deles sua própria sombra.
Amor é assim: certo e errado encontrados num lugar que bate muito forte e não obedece a ninguém.
Acaso é assim: a vida pregando peças e fazendo com que o destino tenha outro nome:
Ansiedade.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Anteposto ou posposto o sujeito é sempre o mesmo.

Quis acreditar que conforme mudassem as frases o sujeito mudaria com elas, mas o problema é que elas nunca mudam, apenas sofrem inversão. Enquanto via de dentro da oração, além de simples, ele parecia agente e núcleo de tudo. Seu complemento verbal era sempre direto e seus advérbios, principalmente, de intensidade. Pena que as horas passam, os verbos vão mudando de transitividade e, consequentemente, pedem novos objetos. O grande problema estava em acreditar que havia exceções à regra, mesmo quando a gramática é clara e diz que "faz algum tempo" é oração sem sujeito. E ponto final.